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domingo, 14 de março de 2010

1925

1925
No segundo ano de existência e, após as refregas do primeiro, o Atlético adquire o esboço da necessária personalidade. Entra em campo no dia 17 de maio para enfrentar o Savóia. Na garganta estava atravessada a desclassificação sofrida no ano anterior e a estréia no campeonato de 1925, com uma vitória, seria razão da mais retumbante alegria.
Como decorrência, talvez, dos aspectos estimuladores, mais pelo que fizeram em campo, depois dos noventa minutos o resultado foi de 1 x O para os rubro-negros, gol de Marreco, sempre presente na área e permanente esperança da torcida. Marrecão, na becaria, mestre e líder, aplaudia satisfeito o êxito do irmão.
Igual ao ano anterior, a segunda rodada previa o Coritiba como adversário. O jogo, porém, não foi antecedido pelo clima do primeiro, invocadas questões políticas e beligerantes, mas realizou-se com invulgar empenho da parte dos contendores. O resultado foi de 3 x 3, fazendo justiça a ambos.
Em seguida, veio o Paraná, sendo impiedosamente massacrado pela contagem de 7 x 1. No Campo Alegre o Atlético enfiou 5 x 2, sendo Urbino o grande artilheiro: marcou todos os do Atlético. Vez, então, do Universal, que já apanhara de 4 x 2 nas únicas partidas disputadas, embora tenha ganho de 1 x 0 no torneio-início do ano anterior. Resultado: levou a bela goleada de 8 x 1, quatro a mais e um a menos do que tinha feito e levado nos dois jogos anteriores. Restavam Palestra e Britânia, em ambos os jogos, resultado de 2 x 1 para os atleticanos.
Veio o segundo turno. Perdeu o Atlético apenas para o Savóia, terminando os dois em igualdade de condições. Haveria, portanto, segundo o regulamento vigente, a disputa de uma melhor de três. As partidas foram marcadas para 10 e 17 de janeiro de 1926. Na primeira, 1 x 1. Equilíbrio absoluto. A imprensa elitizada tendia para o Atlético e decantava vitória. Na voz, ou na pena dos jornalistas, o campeonato tinha sido brilhante, sem reparos.
Chega então o dia 17 de janeiro. A baixada da Água Verde totalmente lotada. A campanha do Atlético tinha sido melhor, afora a qualidade dos integrantes da equipe. Trocando em miúdos, possuía um time melhor. O Savóia, no entanto, impunha respeito. Timinho encardido! A renda chegou a quatro contos, trezentos e trinta e seis mil réis. Uma fortuna! Mais ou menos cinco mil pessoas. A torcida era quase toda rubro-negra.
Primeiro tempo difícil. Lá e cá. Faltando três minutos para acabar o primeiro tempo, Henrique, do Savóia, chuta e a bola entra. O desalento foi total. Parecia ter desabado o mundo. Urbino, porém, center-forward do Atlético, de repente resolve driblar, um por um, toda a defensiva italiana, e, segundo a crônica esportiva da época, ....arremessa fortíssimo pontapé que se reverte no ponto de empate, quando só faltava meio minuto para o final da fase da luta.
Segunda etapa: com base ainda nos jornais, agressivamente, o rubro-negro desenvolveu futebol convincente e Marreco - sempre o Marreco! marca o segundo gol. Animados com a situação, pressionaram a italianada e novamente Marreco balançou pela terceira vez a rede adversária. 3 x 1. Com a partida na mão, vestiu o Atlético, em 1925, a faixa de campeão estadual. O primeiro, de outros mais, que dali por diante estariam por vir.
Atletas que participaram da campanha de 1925: Tércio, Tapyr, Marrecão, Haroldo, João, Malelo, Falcine, Franico, Nano, Bororó, Laurival, Ary, Marreco, Urbino, Maneco, Motta, Marques, Raul, Camargo e Aécio.

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